Perder o norte onde em pureza
descansa a neve
É anular a sabedoria primordial a
confiança
Que se deve ter no processo
caminhando de coração leve
Perder o respeito pelos que foram
premiados com cabelos brancos
É ter perdido a bússola que nos
orienta
Só ver em egoísmo as nossas
necessidades
E espezinhar quem fica
inadvertidamente nos flancos
Perder o norte é ter esquecido a
ligação ao todo
É confundir a ganância pútrida com
a essência da sabedoria
É alienar o pleno o único o que
nos liga a todos no plano mental
A força cósmica que nos conduz em
harmonia
Perder o norte é desistirmos de
analisar o invisível
É entrarmos num labirinto sem luz
não querendo a vida perceber
É incorporar num fantoche sem alma
É negarmos a grandeza do espírito
recusando-nos a meditar
Os homens perdem-se num lago
pútrido de ilusões
Nem o sul já conseguem vislumbrar
Chacinam as criaturas destroem as
florestas
Para construírem a ferro e betão
catacumbas de podridão
Esqueceram que devem abraçar a
natureza com paixão
Os oceanos as montanhas os vulcões
Os maremotos as tempestades as
grandiosas monções
Poema de Maria Oliveira
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