Ontem à noite no meu sonho
alguém conversou comigo.
Pelo tom, era um amigo
e lhe ofereci meu ombro.
Eu queria olhar para o seu rosto
e saber realmente quem era,
mas havia uma fila de espera
e um tipo pegajoso de enrosco.
Num esforço, me livrei da teia,
onde eu me imaginava preso.
De longe, senti do olhar o peso,
o frio da espinha me pegou na veia.
Sim, acho que reconheci a voz.
Era...era...claro...só podia ser.
Nenhuma certeza eu parecia ter,
não conseguia desatar tantos nós.
Disse-me: “Fui honesto e justo?”
E eu: - O que isso importa agora?
O tempo anda a mil por hora,
a vida não passa de breve susto.
“Como você consegue ser tão burro?
Crê mesmo nessa estultice?”
- Pode sim lhe parecer tolice,
mas fé com a barriga não empurro.
“De uma vez por todas, posso ir?”
- A porta é serventia da casa.
Disse-lhe em sabedoria rasa.
E ele: “Desta vez morro de rir.”
Então eu vi: - Nossa, jamais pensei!
Ele aproximou-se devagar e sempre:
“Você sabe o que fazer exatamente!”
Sorrindo de felicidade, eu acordei!
antonio thadeu wojciechowski
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