Perguntou o menino.
Por quê não posso ter e brincar de carrinho.
Pedalar a bicicleta do Batman ali no campinho.
Ter que apertar o short com o cadarço que jogaram.
Porque a senhora me olha.
Tão forte abraça a bolsa dela,
Olhando sempre para trás acelera os passos.
Mesmo que eu tenho parado para esperar o ônibus.
Como perguntava o menino.
Tantas outras perguntas foram feitas.
Algumas como flechas me atingiram.
Trazendo lembranças de perguntas que não me responderam.
Quem deu a nossos pais o castelo de madeira.
De onde vêm os anjos da perua dos caldeirões de sopa.
Porque não deixam as crianças do asfalto jogarem bola
comigo.
Dar em mim um abraço e me chamar de amigo.
Por quê?
Marcio Gleide Nunes dos Santos
Campinas-SP 18/02/2017
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