domingo, 10 de setembro de 2017

ADVENTO


(Vicente Bastos)

A André Cabreira

Esvai-se um ciclo igual hemorragia;
Elos se rompem. Vão-se dedos e anéis.
Frágeis laços se protegem com broqueis
E estimas próprias dão-se à autofagia.

Mas, surge a divinal das Criaturas...
A mais Bela, das mais belas histórias!
Dessas ditas nas Santas Escrituras,
Pra alterar desfechos, trazer glórias...

Com sorriso travesso, a personagem
Asperge tanto encanto e se edifica
Feito um menino-deus, cuja aragem
Perfuma, unge, alenta e diz que fica.

Portando em verdes olhos o Advento
De quem contém na Anima a alegria.
E seu ruivo cabelo dá-se ao vento,
Como quem diz: Cheguei; eis vossa Cria.




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