Chove. Chove sempre. Desde sempre choveu. E para sempre
choverá. Não haverá um só dia sem chuva. É o que sinto quando, retido neste
café, contemplo a chuva oblíqua atrás das vidraças embaçadas. Mas hoje não tem
Fernando Pessoa. Hoje não tem mais nada. Só essa chuva que cai lá fora e repercute,
monocórdia, aqui dentro. Chove. Chove. Chove. E para sempre choverá.
OLW
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