Imerso na quietude da solidão
abraço a dureza do silêncio
para nele me encontrar,
para nele me perdoar
Oblívio sentimento de paz
serenidade incapaz
de ser contida nas palavras
Esquecimento dos momentos
de um tempo sem memória
escorraçados pela alma
fustigada
num virar costas ao passado
arrojado
e lamentado
pela perda
inominável
Sôfrego
saboreio o silêncio
gota a gota
inebriante
num adormecer dos sentidos
que me lava as cicatrizes
gravadas no meu ser
No silêncio das palavras
ouço o eco do teu querer
João Carlos Esteves
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