Frágil artífice
que te fazes e refazes
na feitura de tua trama,
feiticeiro que esqueceu a fórmula,
saltimbanco abandonado pela trupe,
palhaço de quem ninguém mais ri:
onde estão as argolas, as imagens, os castelos
que, habilíssimo, suspendias no abismo
ante os nossos olhos pasmos
de criança?
Perderam o encanto.
Pobre artista,
se nem tudo o que reluz é ouro,
nem tudo o que se cria é vida.
Otto Leopoldo Winck
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