passo a mão em meu rosto e limpo névoas do cotidiano....
vejo uma foto, eu eu meu irmão no jardim da luz,
sentados, em tenra infancia, de mãos dadas...
adormeço no berço com nenês de dentes afiados,
sofro mordiscos prá esquecer as dores da perfeição...
nos arredores do desajuste,
vou ao encontro dos escombros da infância,
dou uma volta em carrinhos quebrados,
em circos dos arredores,
jogo fora, meu saco de bonecas de pano,
brinco de casinha com maria manca,
amiguinha de infancia,
canto, oh canta cigana, com Terezinha de Jesus
filha da perfeição...
entro em telas de filmes clássicos antigos,
no filme Ébrio...
bebo nos botecos da esquina
com Vicente Celestino, e juntos cantamos coração materno...
me fantasio de ébria das afilições e dos desatinos..
encontro maria lantejoulas, me empeteco de balangandãs,
e juntas vamos encontrar outras filhas da imperfeição,
maria manca, junca bebe-bebe e zé ampulheta...
formamos assim, o cordão...colorido, esgarçado...
The end
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