No dia 17 de abril de 2013, aconteceu algo inusitado em
Curitiba: no bairro São Francisco, o mais cultural e boêmio da cidade, uma
jovem tirou a roupa, ficando nua com um livro nas mãos. Mas, a pobre foi presa
por atendado ao pudor.
Conforme boatos de populares, a moça afirmou às autoridades
que aquela atitude era um protesto e que ela estava em busca de um mestre. Reza
a lenda que esta jovem tem curso superior e pertence a uma família de classe
média, mas nada foi provado com relação a isto.
Ao tomar conhecimento desta notícia, logo, lembrei-me do
grande filósofo grego Diógenes, pois ele andava nu, pelas ruas de Atenas, com
uma lanterna na mão a procura de um homem.
Assim, notei que a mulher substituiu a lanterna por um
livro. Afinal, em nossa era, os livros são luzes que nos guiam para a luz.
Tanto Diógenes quanto a beldade curitibana, ficaram despidos como sinal de
humildade. Pois, a nudez, em alguns estados mentais, significa que a pessoa
quer se despir das vaidades do mundo e voltar as suas origens espirituais.
Também conversei com psiquiatras e descobri que há a Síndrome de Diógenes, onde
é comum a pessoa entrar em estado de transe, pegar um objeto significativo,
tirar a roupa na rua e afirmar estar buscando um mestre.
Mas, prefiro ver a atitude da moça, por um lado mais
poético. Afinal, o ser humano precisa de despir da vaidade, ler mais e buscar o
seu próprio mestre interior.
Luciana do Rocio Mallon
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