quinta-feira, 18 de abril de 2013

A Beldade Curitibana e a Síndrome de Diógenes




No dia 17 de abril de 2013, aconteceu algo inusitado em Curitiba: no bairro São Francisco, o mais cultural e boêmio da cidade, uma jovem tirou a roupa, ficando nua com um livro nas mãos. Mas, a pobre foi presa por atendado ao pudor.
Conforme boatos de populares, a moça afirmou às autoridades que aquela atitude era um protesto e que ela estava em busca de um mestre. Reza a lenda que esta jovem tem curso superior e pertence a uma família de classe média, mas nada foi provado com relação a isto.
Ao tomar conhecimento desta notícia, logo, lembrei-me do grande filósofo grego Diógenes, pois ele andava nu, pelas ruas de Atenas, com uma lanterna na mão a procura de um homem.
Assim, notei que a mulher substituiu a lanterna por um livro. Afinal, em nossa era, os livros são luzes que nos guiam para a luz. Tanto Diógenes quanto a beldade curitibana, ficaram despidos como sinal de humildade. Pois, a nudez, em alguns estados mentais, significa que a pessoa quer se despir das vaidades do mundo e voltar as suas origens espirituais. Também conversei com psiquiatras e descobri que há a Síndrome de Diógenes, onde é comum a pessoa entrar em estado de transe, pegar um objeto significativo, tirar a roupa na rua e afirmar estar buscando um mestre.
Mas, prefiro ver a atitude da moça, por um lado mais poético. Afinal, o ser humano precisa de despir da vaidade, ler mais e buscar o seu próprio mestre interior.
Luciana do Rocio Mallon

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