sábado, 27 de abril de 2013


De Mara Paulina Arruda

Quando Horácio chegou na capela daquela cidade do interior havia um rastro do perfume de rosas que enfeitaram os bancos naquele domingo. Vitrais quebrados. Havia pétalas soltas dos buquês, no chão. Havia uma fita branca com o nó desfeito na pia batismal; pedaços do véu na beira da porta e um pé do escarpam perdido no canto. Uma gravata azul-marinho pendurada no altar. Guardanapos molhados entre os bancos e um fotógrafo com as mãos na cabeça. Manchas de sangue seguiam da sacristia até a entrada seguindo pela escada e terminando na rua. Horácio recém chegado no lugar, com um endereço numa mão e na outra uma mala... perguntou: quem era a noiva?

Nenhum comentário: