Alberto Lins Caldas
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● assim entre os dedos o cranio de heidegger ●
● o mesmo cranio seco e acido de celan ●
● mesmo gosto de sal lama e aguas de rio ●
● por isso essas marcas nos dois cranios ●
● tempo demais dentro dagua e do lodo ●
● esses sinais cicatrizes cruzadas e anfibias ●
● cranios no caminho de moriah e alem ●
● como marinheiros afogados boiando ●
● entre o largo lodo e o violento das ondas ●
● !sim ha o cranio geometrico de descartes ●
● isso de sonho e loucura q persiste sempre ●
● em todos q degolam e atiram em cabeças ●
● essas marcas nos ossos são os fios de la ●
● dos pescadores de perolas as palavras ●
● essas mesmas q são as primeiras a morrer ●
● e com olhos cheios de vermes celan avança ●
● desde o fim ate o centro da lucidez a treva ●
● devorando todas as fomes a cidade inteira ●
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