Em março
de 2013, pessoas que frequentam a Rua Comendador Macedo, no centro de Curitiba,
notaram que uma névoa em cima de uma árvore se formava aos poucos. Em abril,
todos perceberam que se tratava de uma teia de aranha que cobria toda a copa da
árvore. Então, os transeuntes evitaram de passar, pelo local, com medo de
encontrarem uma aranha gigante. Mas, um biólogo esclareceu que esta teia enorme
é feita por centenas de aranhas muito pequeninas.
Logo
surgiram muitas lendas, leremos uma delas abaixo:
A Moça
Que Sai da Teia Gigante:
Roger
estava voltando de uma balada, quando passou por baixo de uma árvore da Rua
Comendador Macedo. Naquele instante uma donzela, vestida de branco, pulou de um
galho, bem na sua frente.
No começo
Roger se assustou, mas depois ficou encantado com a beleza da jovem e
perguntou:
- Quem é
você ?
- Eu sou
uma entidade fabricada pelas aranhas do destino, de dia eu fico presa na teia
gigante desta árvore, mas ninguém nota. Porém, de noite eu viro mulher. O
problema é que mesmo assim preciso obedecer a estas aranhas. Para me libertar,
tenho que convencer alguém a fazer uma boa ação toda a noite.
- Por favor,
dê esmola ao mendigo que está naquela esquina.
O rapaz
comentou:
- Já
descobri:
- Isto é
uma espécie de assalto!
- Um tipo
de golpe!
- Mas, eu
não vou sair no prejuízo!
Após
falar estas palavras, ele beijou a moça na boca e saiu correndo.
Naquela
mesma noite, este moço teve um pesadelo:
Sonhou
que pequeninas aranhas saíam de sua boca e a mulher misteriosa apareceu no seu
quarto e disse:
- Este é
o castigo por ter me beijado, sem minha autorização e por não ter feito uma boa
ação naquela noite. Você só parará de ter estes pesadelos se passar de novo
debaixo da árvore das aranhas encantadas e me auxiliar numa boa ação.
Então, na
outra noite, ele passou pela árvore das aranhas encantadas, viu a mesma jovem
trepada num galho e disse:
-
Desculpe, pelo que fiz.
- Vim
aqui para ajudar-lhe a realizar uma boa ação com o objetivo destes pesadelos
cessarem.
A donzela
apenas sorriu. Então, o rapaz notou que havia um morador de rua na esquina.
Assim, ele deu um "marmitex", pois no seu raciocínio as pessoas não
podem dar dinheiro aos mendigos porque eles podem comprar drogas com a grana,
mas precisam ajudar aos indigentes com alimentos.
A dama
misteriosa sorriu ao ver aquela atitude.
Reza a
lenda que a donzela, da árvore das aranhas mágicas, continua aparecendo todas
as noites, para quem passa por lá, sempre pedindo uma boa ação para ser liberta
pela maldição.
Luciana
do Rocio Mallon
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