Flor de esperança e amor
para o que der e vier,
assim é aquela
que se colhe
ao sabor do vento,
em uma rua qualquer da cidade,
em uma tarde enegrecida
por sombrias nuvens de chuva.
Flor, como a de Drummond,
tímida e feia,
mas que rompe o asfalto
endurecido do nosso peito,
mostrando-se frágil e desbotada,
a requerer mil cuidados,
podas e regas,
em ciclos bem determinados.
Flor sem náusea,
mas que espanta,
por brotar
onde não se supusera,
- meu peito -
lugar agreste,
deserto triste,
onde ninguém
nem com bússola e mapa
antes entrara.
- por JL Semeador, na Lapa, em 14/02/2008, inspirado no
poema A FLOR E A NÁUSEA, de Carlos Drummond de Andrade –
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