sábado, 9 de setembro de 2017

ENFARTADO


Desculpem lá este mau feitio do meu ser,
quando digo ao mundo que dele me fartei…
Fartei-me da enfartação de ouvir maldizer,
daqueles que andam cá sem roque, sem rei!

E dos empatas, nem vos falo. São horrorosos.
Não fazem, nem deixam fazer. São empecilhos.
Enjoei-os. Se não suporto ver preguiçosos,
muito menos tê-los comigo em andarilhos.

Estou fartinho desta fartura desumana,
que à minha mesa não se senta, não engana.
Perdoem-me. Não os quero sentir por cá, nem vê-los.

Se eu fosse Aleixo, talvez lhes escrevesse,
aquela máxima que todos bem a conhece:
Conhecê-los, amá-los e depois, come-los…

Joellira
( soneto )

2.09.2011 – Estados d’alma

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