Não revoam ao sul
Para o azul senil
Do céu que frui
Fui teu
Adereço caro
Sou pássaro raro
Tanto, o pranto
Que não verto
Longe aguarda
Poliniza o estômago
De flor em flor
Que lhe enviesa o pai
Suas coordenadas
Para o belo barroco
Ou neo-parnaso
Remetem o simbolismo
Ao abismo enciclopédico
Em que seu Édipo fantoche
De meus cuidados semânticos
Flerta estilos imateriais
De supostas laudas
Literárias
Eu com a simples
Pena agrária
Remava ares
Notas
Frotas estelares
Viagens agregadas
Guardiãs do estrume
Ora ofertado
Em banquete fajuto.
Suas estéticas
Caquéticas
Anti-naturais
Vem à consciência
Dar-lhe(s) a ciência
Do que
Não se lê
E o coração não vê
Minha alma livre
Cerceia-se em olhares
Ufanares de identidades
Partidárias
E relicários para
Colecionar o vácuo.
Da redação
Curvo-me urge ler
Pisotear as pétalas
Mal agradecidas do seu
Invólucro ser
Emerjo a fumaça
Da carcaça das lontras
Das convenções autorais
Espessa a solidariedade
Lexical
Exoesqueleto de esquecido
Panfleto sacerdotal.
Minhas asas supõem voos
E não
Imersão; portanto.
ACM
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