● somos vermes q se escondem ●
● da tempestade mergulhando mais fundo ●
● na lama pra futricarmos sobre a tempestade ●
● ?q mais podemos fazer e fazer mais e mais ●
● o mundo não para de girar e giramos sangrados ●
● aqui onde a lama é fria imovel dura e sangrenta ●
● nos tornamos mais vermes e rimos dançando ●
● quando a tempestade é mais violenta ●
● violenta demais cantamos tocamos violinos ●
● imoveis na lama mais fria e imoveis tocamos ●
● recitamos versos imoveis e cagados de medo ●
● dançando imoveis nos mijamos demais demais ●
● uns nos outros rindo como se não fosse nada ●
● la em cima a tempestade ta mais violenta ●
● ela tenta mergulhar nos humilhar e devorar ●
● porisso descemos inda mais e mais na lama ●
● indo entre a lama o limo frio e a rocha ●
● sentindo a loucura da tempestade recitamos ●
● versos tocamos violinos dançamos imoveis ●
● como se não fossemos vermes na lama ●
● sim nos tornamos aqui a mais pura lama ●
● a tempestade jamais nos tocou ou tocara ●
● não aceitamos sua violencia sua loucura ●
● precisamos imoveis de versos de violinos ●
● dos pianos festas entre a lama e a rocha ●
● vermes imoveis vermes de lama e rimos ●
● ?q mais podemos fazer e fazer mais e mais ●
● entre a furia e o nada o som e o silencio ●
● não paramos de martelar covardia e odio ●
● de martelar nosso medo nosso mergulho ●
● cada vez mais fundo na lama recitando ●
● versos dançando cantando imoveis imoveis ●
● assim congelados entre a lama e a rocha ●
● vermes q se escondem e mergulham ●
● entre a furia e o nada o som e o silencio ●
● aqui embaixo vivemos indignos e nus ●
● covardes na lama fria podre imoveis imoveis ●
● mas não vivemos como os vermes de cima ●
● podres de servidão ilusões mortes e crenças ●
● vermes q morrem como servos imoveis ●
● da tempestade rodopiando sem saber ●
● entre a furia e o nada o som e o silencio ●
Alc
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