sábado, 13 de abril de 2019

NA CALADA



escrevo meu nome
com a espada
na árvore morta
eu risco o nada
tiro farpas e
espinhos da
alma dura
sigo só
e impura
em minha andança
acabrunhada
não há lua
não há estrada
tudo escuro
tateio o negro
tateio a vaga
sobra minha mão
suja e branca
a destruir o vento
na calada

(Cristina Desouza)

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