sábado, 13 de abril de 2019

ILHOA




Por aqui radicou-se com a partilha
dos continentes.Ilhada de tudo que
mata a fome, sobrevive da peçonha.
E de tudo que se move ante o sol e
a lua. Sem oposta duplicata, herma-
frodita-se. Purifica-se na síntese de
si mesma;sua sina assassina.Krau!
-- se um vagalume alumbra a noite;
tchulep! -- se a borboleta alegra o
dia. E se uma ave pousa no teto
mais íngreme, lá estão seus dentes
que congelam ventos. Ai de quem
esbarra por ali, à toa --, no atol da
víbora que voa.

SALGADO MARANHÃO

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