quarta-feira, 10 de abril de 2019

Carta a Apolo




Por sobre os louvores
A lira matemática, pausa
Plana, e soa, e ressoa, e flui
Ser, sereno e pleno, prova
Precisão sem par. Catarse por ser,
Moda intelectual, sem transcendência
Aos líderes messiânicos
Em seus templos da razão.

Louvo o universo, pagão,
Em silêncio cristão.

Almejo redenção, do vácuo
No coração.

Aos pares estilos, me refiro
E infiro um pão, uma honra
Exacerbação e vão ao léu.

Arrefece e forja e orda e águias
Solenes e belas se curvam,
Ao voo sem brasileira direção.
Partilham e compartilham o farol.
Sonatas e as gafes e ultrages
Em sociedade a civilização.

A Grécia aos bárbaros,
Pela ducentésima elevação.
Nossos redutos ônticos,
Escrita, jóias da compreensão
Humana.

Ao inventário anexo o computador,
Atirado ao canto, pelos pés
Sem cabeça, sem quem esqueça,
E sem rasteiro delineamento,
Esfera prefixal ao mal do refreio
Sintático qual remédio à solidão.

E buscariam remediar aos deuses,
Também, homens de fibra,
E de libra, e em estivas,
Sem enciclopédias indagando
O significado da arte que levam
Às mãos.

Reinventam a História, sim,
E queimam livros outrossim,
Quais tempos cardíacos,
A depositar aos pés do vácuo,
O mais belo refrão, humanidade.

Jogam-se os dados,
E homens alados, o homens
Inundados e mulheres que nem eu
Nem elas, serenam pela noite ao teu
Cabelo de sol, infunde significação
Em ouvidos cegos, sabedoria mortal.

Quisera eu, ser, e não.
Hoje um pulsar de saber
Que se sobressai aos que caem
Em contradição,
Ao explicar a criação,
Sob o ponto de vista de

Si mesmo.
ACM

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