De sóis bemóis, ou rouxinóis
Em seus quintais, forjada graça
Na vastidão do desejo desmatada
Sede de horizontes se espraia
Em ribeiras de contingentes esféricos
Do senso entabulado e criptografado
Por odes aos astros inanimados
Se compreende o vazio, sim, oh!
Se projeta a estatística de singularidades
Que explodem ao sabor do caos.
E de vãos os verbos se desusam
E abusam a condição sintática,
Para forjar a piedade semântica
Uma lógica temporal imagética
Matemática do idioma
Rumando para o bolso de um paradigma
Prostituto no seio da pátria amada.
Elevarei meus eleutérios versos
Por sobre os candelabros dos escarros
Estapafúrdios,
Em ritos cadavéricos de aludir à derrota
De volta ao narcisismo da significação,
Em significar, simplesmente,
Se vai, escorre, sabedoria,
Para o ralo
Da civilização pós-moderna.
ACM
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