sábado, 22 de setembro de 2012


● prato de porcelana azul ●

● talheres cruzados com flores murchas ●

● o copo a xicara com agua morna ●

● tudo no encontro das paredes cruas ●



● essa cadeira de madeira velha ●

● é incomoda e se curva com o peso ●

● aqui é possivel sentir o quarto ●

● tudo q a noite não faz mais questão ●



● não ha nem pode haver mais corpos aqui ●

● nem mesmo na cama agora fria demais ●

● la fora o sol queima com chuva de brasas ●

● e não podemos mais a alegria ou a dança ●



● é preciso arrumar o quarto limpar ●

● e guardar o prato o copo e tudo q foi ●

● tocado pra ficarem limpos como se a vida ●

● não houvesse tocado em nada ●

Alberto Lins Caldas

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