quarta-feira, 19 de setembro de 2012

neve negra


Queima o clamor no pulmão ferve  no coração  a  chama
e chove  punhais penetrando na prole da revolta
e  solta o Sol da esperança
das correntes de elos  quais tentáculos de feras
-pesadelos de todas aas eras
as guerras a fome e a miséria.

Queima o clamor  no pulmão
uma pluma de sonho   no incêndio da razão
incêndio na Floresta Negra  a expulsar
os desesperados lobos cinzentos a invadir
aldeias       feras famintas  almas perdidas na lama
a perscrutar na treva a semente da luz.

Ferve no coração a chama  chama  negra
borbulhando borboletas de fogo chama
a voz do bater de asas de ceda de borboleta
á queimar  da seiva ácida    no pulmão de ramos finos

da  selva da tualma fumaça densa vela
a tua cidadela em ruidosas ruínas no luto de tantas guerras

Teus olhos crepitam fome de justiça diante da soberba miséria

voa alto o falcão com os olhos  famintos  
pelo vale perdido dos sonhos órfãos.

                         Wilson Roberto Nogueira


Um comentário:

Deisi Giacomazzi disse...

Falo apenas de algumas mazelas
Você, de todas elas.