era contornado por pedrinhas pintadas de branco. Sentou-se num galho no alto do pinheiro da invernada. De lá pode ver Guido.
Com a ponte serrada, estava ali, parado, recebendo o sol, o vento e a chuva. Guido, ora puxava um capim, mastigava, jogava conversa fora, puxava outro capim fazendo-se lagarto no portão, pensando que Migué lhe passou um. O sol foi-se e ele caminhou mais um eito. Não estava disposto a trabalhar neste dia, estava disposto, isso sim, era tirar umas férias. Lembrou do Ristorante de Dom Genaro lá na cidade. Pensou. E resolvido iria mudar os ares. Correu na estrada até cair, ralar os joelhos e, todo desgualepado, saiu mancando estrada afora, sem nenhuma vivalma pra ajudar. A única coisa que fez com que ele continuasse, mesmo mancando, foi o rosto de Manú que vislumbrou na outra ponta da estrada. Ele viu os olhos dela brilhando, sua boca sorrindo e a mão abanando pra ele. Foi sim. Foi isso o que aconteceu naquele dia em que o sol depois de um inverno daqueles resolveu dar o ar de sua graça. Gralha que sou testemunhei essa estória despropositada e tratei de deixar espalhado por tudo quanto é canto penungem, asas e sementes desta passagem.
De Mara Paulina Arruda
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