O vento soprou um montinho de folhas que estavam no acostamento da rua, enviou um fragmento de um quebrado de uma folha seca até os olhos de Núbia fazendo com que ela, imediatamente, tivesse que parar, com as mãos no rosto. Marihá vinha logo atrás. Com os cabelos ao modo de uma bailarina - um coque coberto por uma rede de rosinhas- quando se aproximou de Núbia querendo saber o que ela estava fazendo ali parada, daquele jeito. Que perigo! E se vem um carro? Núbia explicou que foi o vento, com suas estripulias, que tinha deixado-a assim e pediu que fizesse alguma coisa para ajudá-la a tirar a terra depositada no canto dos olhos. Marihá levou-a até a sombra de uma árvore e deu um sopro forte no olho d’água dela tirando em seguida as rosinhas dos cabelos oferecendo o que de melhor ela tinha, dizendo logo em seguida: apressa-te o ensaio da dança da vida já começou.
De Mara Paulina Arruda.
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