Cabe a mim pequeno poeta
Empunhar com coragem a caneta
E transformar em poesias e odes
A ficção e a realidade
E mesmo contra a minha vontade
Poetizar da vida o seu lado podre.
No céu da minha boca
De uma maneira muito louca
Brilham estrelas sem fim
O Sol numa parte e a Lua noutra
Testemunham minha voz rouca
Gritando bem alto assim:
‘Pare a vida que eu quero descer’
Isto não significa que eu queira morrer
Pois pela morte não nutro apreço
Quero apenas pequenos desligamentos
Para me reequilibrar por dentro
Me preparando para os recomeços.
Cada recomeço é uma lousa
Na qual minha mão repousa
Escrevendo com branco giz
E apesar do que me incomoda
Escreverei nessas lousas todas
‘Nunca desistirei de ser feliz’.
Eduardo de Paula Barreto
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