sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014


a escrita, pois. por que tamanho trabalho para tão frágeis páginas? como se obter a síntese, ganhar potência e mistério, dialogar de modo sensível e inteligente com o universo, especialmente o subjetivo? o que a síntese da literatura pode nos dar diante de um mundo tão cheio de contradições, catastrófico, fraturado, abundante? não estaremos nos iludindo completamente ao acreditar que é possível ordenar com esmero algumas ideias numa sequência de páginas? talvez a contribuição seja ínfima, mas é tudo o que alguns podem fazer. o que ora escrevo não passa de fragmentos de uma espécie de oficina de composição: anotações de pensamentos sem tempo para aprofundadas meditações. tudo está mais para o urgente. e antes de meu talento, vem a dificuldade de lidar com a linguagem. este seja o meu diário curto, sem data e hora que especifique ou clareie o que já não se dá a apalpar.
Luiz Felipe Leprevost

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