quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

DEPURAR

Claudio Daniel


Paisagem manuscrita, seu árido vocabulário
de fraturas.
Onde cada figura musical
delineia
um animal desconhecido:
animal porque obscuro,
entre rasurado
e ambíguo.
Ler na pele do carneiro
a oblíqua sentença do desenlace
(seqüência de corvos
e equívocos)
até borrar os planos
da agrimensura
em cor amorfa, membrana devoluta.

Nenhum comentário: