quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014



Sabe, estamos cansados
da morte, das eloquências, das referências;
dos rincões da desesperança
do que soa à presunção.
Queremos o amigo duro, o amigo da bebedeira
quem desfaça nesgas de lirismo
e não nos deixe de novo dizer
que o corpo é cadafalso do voo;
não, não mais.
Mas em algum lugar
alguém ainda se embrenha
nas teias de aranha daquela placenta
na alma sem cálice, bebe
o vinho ainda suntuoso do agora.
Simples...


Roberta Tostes Daniel

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