quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

O rio da minha vida

 Alexandra Barcellos

Durante a minha adolescência eu frequentei uma escola, na cidade de Foz do Iguaçu, que ficava muito próxima ao rio Paraná.
Era uma sensação libertadora poder olhar pela janela e ver aquele mar de rio descendo em outra direção.
Eu havia aprendido que ele estava entre os mais longos rios do mundo e passei a admirá-lo de várias partes da escola.
Na hora da fila, antes de entrarmos na sala de aula, tínhamos que cantar o Hino Nacional e quando entoávamos “gigante pela própria natureza” era para ele que eu olhava.
Da biblioteca dava para ver a mancha que ele deixava em suas margens, logo após o período das chuvas, quando voltava ao seu nível normal.
O meu lugar preferido para vê-lo era do gramado diante da quadra de esportes e muitas vezes, eu, ficava lá, bem parada, apenas contemplando-o.

Foi o Rio Paraná que me ensinou a esperar pela passagem, boa ou ruim, de todas as coisas.

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