De cada quarto de hotel faço minha casa. Acomodo as roupas,
meus potes de higiene e de beleza, cada coisa em seu lugar. A camareira deve
pensar - finalmente uma hóspede organizada. Aprovo o estampado da cortina, o
chuveiro, a colcha e ganho inspirações para minha casa de verdade. Minha
natureza cigana sente um prazer imenso em fazer o reconhecimento da cidade
nova. Levo meus olhos para o passeio da primeira vez a cada rua intensamente
ruada deste Brasil que cada vez conheço melhor.
- Volte sempre! O sorriso e uma recente saudade dos
atendentes do hotel me acompanha. Desde o taxi abano para eles e reconheço seus
nomes. Volto, claro que eu volto para Manaus! Meu Deus, quanta promessa não
cumprida... Que a eternidade de outros terrestres se encarregue de voltar. Eu
mal dou conta de conhecer um novo hotel, uma nova cidade que me abastece de
frutos nunca vistos e de palavras recém nascidas.
Bom dia meus queridos leitores, amigos, parentes de perto e
de longe.
Gloria Kirinus
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