quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014


Quisera o vazio da caixa
o barulho da poça d'água sendo pisado
encarando o fim de tarde com a pá em mãos
cavaria meu túmulo
mas um filho de pássaro caído ao chão é a sátira do dia
cala a boca com o vidro
há o corte de dentro para fora
imagino os cabelos dela balançando freneticamente não mais sob mim
a pele enrugando-se e beleza indo pelo bueiro entupido do seu novo amado
engatilhei
e o disparo não tenho encontro comigo

Tarde de terca-feira
Redson Vitorino

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