quarta-feira, 2 de novembro de 2016

VIII


Convoco a volúpia
que arrebata os santos; essa
vinha que estende a mão
aos amantes.
Eis o amor em sua semântica
de constelações;eis
as danações do pólen
sob urtigas.
(O amor nos persegue num
céu de acrobatas).
Tento inventar suas estações
com a utopia de quem despe
um fruto,
e tudo é um barco sem bússola;
uma estepe de lenhadores.
Por isso me guardo
para esplender este arbusto
de auroras.
Estou livre para voar
com as palavras --
e o silêncio.

SALGADO MARANHÃO

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