domingo, 20 de novembro de 2016

Cada letra pulsa sangüínea chama como as do teu olhar que devora o abismo contemplando o infinito.



Medo é o teu caminhar na rota rasgada de um pesadelo que explode ali na esquina.

sentir a textura de um sofrimento derramado como ácido na pele.



Na pele de quem toca um farrapo comensal de cães ladrando irmãos sem distinção.Animais.



Nós mesmos que nos projetamos nos outros...

nossas larvas .



Nossas lavas subterrâneas de nosso Hades.Mar revolto sob o gêlo.



Na insâna cidade da banal cópula de violências,

no parque de horrores e neon:

Tudo se esconde quando se revela atrás dos vidros, o aço.




Wilson Roberto Nogueira

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