a alma não ocultara a si diante do opaco espelho das
opiniões
o caráter delineara mera sombra no empoeirado espelho
pálida vida velada de luares invernais sobre ruínas que
prometiam sonhos
alicerces de nuvens
vidros partidos de janelas que não vêem o branco dos olhos
dos dias
parindo da dilacerada visão cores onde apenas bruxuleiam
fantasmas
janela aberta ao deserto nos olhos do abismo.
Wilson Roberto Nogueira
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