domingo, 6 de novembro de 2016

verbo morto
depois desse café
quantos virão
depois de mim
imortalizar a faca
e o queijo
a mão trêmula pelo
tempo esgarçado
a vulva ainda ardendo
em músculos e orações
quantos virão escarnar
o imagético gole
o hipotético escarro
depois desse café
uns centímetros a mais
da boca anunciarão
verbo ou carne
tanto faz o que já está
pretérito

by Luciane Lopes

Nenhum comentário: