Em frente à praça onde nascia a rua do ilustre austríaco ou
seria alemão existe um museu , e lá
,antes de se chegar à catedral
dos livros uma alcatéia de ciganas espreitam,elas são ' rons' ,pertencem a
fúria dos elementos ,são rochas perdidas
nas poeiras das eras rolando avalanches,o fogo das maldições ou paixões
o vento da liberdade soprando na crina de corcéis disparando na estepe
ou no pampa.Uma moeda em troca do mistério de decifrar o futuro nas linhas das
mãos ,são ciganas mesmo.,a pele mais do que os rostos de restos de pano esturricado,os
olhos que varam abismos.Quantas eras ela já testemunhou?quantos amores- brujos
desde a expulsão do berço indiano até as escravizações na europa oriental e
central passando pelas areias da àfrica até o nosso Portugal.Carmens de Bizet
ou a bela Esmeralda do Quasimodo estão tão distantes das valas feitas a ferro em brasa na carne daquele povo
pária.
Atravessando a
praça em meio ao circo político de bandeiras desbotadas e militantes de aluguel ,palhaços de narizes
vermelhos e rostos pálidos de lágrimas secas onde lobos
conversam com chacais enquanto hienas caem na gargalhada enquanto esperam o
festim .O gado passa pelo rebanho de cordeiros ,o corvo crocita empolgado com
seu discurso e os abutres "voam para o alto e avante".A arara só
repete o que o pirata mente ;"eu não sou corrupto só presenteio o silêncio
do meu filho na manutenção da felicidade da minha morada,minha eterna
namorada".-a mulher ou a politica?Esconder o que é privado na privada e
puxar a descarga,e seguir envernizado de alto colarinho para manter a cabeça
erguida.
O Banheiro mais
próximo .Na praça entra na maldita Boca ondenasce as políticas da aldeia à
procura da latrina na tentativa de ter alivio.só velhas almas fantasmas de
sobrenomes fossilizados na pedra doirada de tolos aristocratas
endividados,rôtos e assintosamente orgulhosos da hipocracia provincial.Sair
deixando o lastro a fome logo veio e alí ...
Wilson Roberto Nogueira
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