sábado, 24 de dezembro de 2016

Em frente à praça onde nascia a rua do ilustre austríaco ou seria alemão existe um museu , e lá  ,antes de  se chegar à catedral dos livros uma alcatéia de ciganas espreitam,elas são ' rons' ,pertencem a fúria dos  elementos ,são rochas perdidas nas poeiras das eras rolando avalanches,o fogo das maldições  ou paixões  o vento da liberdade soprando na crina de corcéis disparando na estepe ou no pampa.Uma moeda em troca do mistério de decifrar o futuro nas linhas das mãos ,são ciganas mesmo.,a pele mais do que os rostos de restos de pano esturricado,os olhos que varam abismos.Quantas eras ela já testemunhou?quantos amores- brujos desde a expulsão do berço indiano até as escravizações na europa oriental e central passando pelas areias da àfrica até o nosso Portugal.Carmens de Bizet ou a bela Esmeralda do Quasimodo estão tão distantes das valas  feitas a ferro em brasa na carne daquele povo pária.
     Atravessando a praça em meio ao circo político de bandeiras desbotadas  e militantes de aluguel ,palhaços de narizes vermelhos  e rostos  pálidos de lágrimas secas onde lobos conversam com chacais enquanto hienas caem na gargalhada enquanto esperam o festim .O gado passa pelo rebanho de cordeiros ,o corvo crocita empolgado com seu discurso e os abutres "voam para o alto e avante".A arara só repete o que o pirata mente ;"eu não sou corrupto só presenteio o silêncio do meu filho na manutenção da felicidade da minha morada,minha eterna namorada".-a mulher ou a politica?Esconder o que é privado na privada e puxar a descarga,e seguir envernizado de alto colarinho para manter a cabeça erguida.
     O Banheiro mais próximo .Na praça entra na maldita Boca ondenasce as políticas da aldeia à procura da latrina na tentativa de ter alivio.só velhas almas fantasmas de sobrenomes fossilizados na pedra doirada de tolos aristocratas endividados,rôtos e assintosamente orgulhosos da hipocracia provincial.Sair deixando o lastro  a fome logo veio  e alí ...

                      Wilson Roberto Nogueira

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