segunda-feira, 26 de dezembro de 2016



Jamais estações definidas. Se quando definida cada estação fica tão irrelevante, porque mudo tanto. Ainda, as mudanças de pele. Trocando de quebradura de recorte de temperatura. A obediência a cada palavra transborda pelo corpo. Um corpo feito da palavra que também em mim se cala. Todos os dias. Sim. E já tudo não é mais como anteriormente. Nunca é. E talvez ainda não seja verão, exatamente. Mas baixo esse sol inclemente devo decidir o rumo dessas palavras. A criar essa mulher-animal desnuda frente ao amarelo, aos raios de sol. Se escrevo, se mais uma vez escrevo. Se nessa possível história as estações estão a tempo perdidas e embaralhadas. Jamais definidas.

por Maíra Vasconcelos

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