Jamais estações definidas. Se quando definida cada estação
fica tão irrelevante, porque mudo tanto. Ainda, as mudanças de pele. Trocando
de quebradura de recorte de temperatura. A obediência a cada palavra transborda
pelo corpo. Um corpo feito da palavra que também em mim se cala. Todos os dias.
Sim. E já tudo não é mais como anteriormente. Nunca é. E talvez ainda não seja
verão, exatamente. Mas baixo esse sol inclemente devo decidir o rumo dessas
palavras. A criar essa mulher-animal desnuda frente ao amarelo, aos raios de
sol. Se escrevo, se mais uma vez escrevo. Se nessa possível história as
estações estão a tempo perdidas e embaralhadas. Jamais definidas.
por Maíra Vasconcelos
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