terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Metapoemas de Andréa Motta

Metapoema
Andréa Motta


Se meu verso não tem jeito
de soneto ou de epopéia 
se não é perfeito

com certeza tem um rito
não causa cefaléia
ou faniquito

é o encontro sublime
da fé e da quimera

Se a rima é disforme
o que não é nenhum crime
e não tem batalhas de outra era

com certeza é ditoso
traz a letra do corpo
sem ser incestuoso

Em cada fonema
o canto do melro
o vôo da borboleta indefesa

- a essência do ecossistema -

transcende com certeza
a consciência do leitor mais austero
18.06.07


VERSÃO 2

Metapoema
Andréa Motta


Se meu verso não tem jeito
de soneto ou de epopéia 
se não é perfeito

com certeza tem um rito
não causa cefaléia
ou faniquito

é o encontro sublime
da fé e da quimera

Se a rima é disforme
o que não é nenhum crime
e não tem batalhas de outra era

com certeza é ditoso
traz a letra do corpo
sem ser incestuoso

A cada novo fonema,
o vôo duma borboleta indefesa
e o canto da natureza

- a essência do ecossistema -
como anticorpo
transcende com certeza
a consciência mais austera
18.06.07



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