Metapoema
Andréa Motta
Se meu verso não tem jeito
de soneto ou de epopéia
se não é perfeito
com certeza tem um rito
não causa cefaléia
ou faniquito
é o encontro sublime
da fé e da quimera
Se a rima é disforme
o que não é nenhum crime
e não tem batalhas de outra era
com certeza é ditoso
traz a letra do corpo
sem ser incestuoso
Em cada fonema
o canto do melro
o vôo da borboleta indefesa
- a essência do ecossistema -
transcende com certeza
a consciência do leitor mais austero
18.06.07
VERSÃO 2
Metapoema
Andréa Motta
Se meu verso não tem jeito
de soneto ou de epopéia
se não é perfeito
com certeza tem um rito
não causa cefaléia
ou faniquito
é o encontro sublime
da fé e da quimera
Se a rima é disforme
o que não é nenhum crime
e não tem batalhas de outra era
com certeza é ditoso
traz a letra do corpo
sem ser incestuoso
A cada novo fonema,
o vôo duma borboleta indefesa
e o canto da natureza
- a essência do ecossistema -
como anticorpo
transcende com certeza
a consciência mais austera
18.06.07
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