sábado, 3 de dezembro de 2016

Os cemitérios
onde moram meus sonhos
volta e meia ainda
assombram minha razão
com utopias as quais ,
ao invés de libertar
fazem acorrentar.

Sonhando o mesmo sonho
se constrói uma certeza?
Os sonhos não são feitos só de beleza
o que não escondem suas vísceras?
Todo sonho que acorda da vertigem
espatifasse em pesadelos multifaces
de  ísmos rapaces.

A fortaleza eterna e etérea
e fantasma da utopia revolucionária.
Lá onde o certo é duvidoso
e o cetro do centro não é o
mercado onde as pessoas
não são escravas  zumbis da angústia do consumo

Blá blá blá não tenho tempo para pensar no amanhã
se não tenho o hoje
que me fora surrupiado por um piá na praça para pagar o aluguel da alienação.

Wilson Roberto Nogueira


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