segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

O Capitão! Meu Capitão! Nossa temida viagem está acabada;
O navio superou toda sua dificuldade, a recompensa que nós buscávamos já foi alcançada
Walt Whitman

Oh captain! My captain! Eu te queria vivo quando vencesses as ondas
Na areia rindo para o infinito - forte como o mastro e inebriado de sal -
O roteirista das esferas teima em matar o herói para melhorar o filme
Oh capitain! My capitain! Num dia qualquer plantarei uma amendoeira
Para honrar-te (em delicadeza) e em cada primavera, uma vela acesa
Se hoje morto jaz cubro-o com um pano alvo, onde um pintor tecerá
As horas augustas, as batalhas justas, o riso sal e tua saga sem igual
Oh capitain! My capitain! Os grandes morrem na batalha. É certo que
Fixam seus rastros como uma fornalha (a marcar caminho aos seus)
E como tenho sido toda tua – Capitain! My capitain! - dos pés ao crânio
Mergulho em tua luz que me leva a ser - também – eterna água triunfal

Bárbara Lia in Forasteira

Vidráguas / 2016 - coleção VentreLinhas

página 62

Nenhum comentário: