Emenda para e-mail em 15 minutos
Atenção, amantíssimo amado
não se precipite em julgar
este comunicado. O meu
palpite- e verá quão bem
embasado- é que seja
lido
em rito de contrição.
Ora, o senhor tem um celular
e uma namorada cuja relação
vai de mal à ruína. Parece
que esse instrumento
tem
sido entrave à comunicação
a qual se destina.
E antes que uma mão irada
espatife em alguma
parede
o velho patife, venho alertá-lo
para que o proteja. E aviso,
para não perder logo a peleja,
descarte o argumento
de que
“essa porcaria há
muito tempo
não segura bateria.”
Não é boa
jogada denegri-lo mais ainda
à mulher por ele ignorada. Tenha
piedade do aparelho e com muita
humildade meta o bedelho
assumindo a responsabilidade
pela distração. NÃO. ” Distração”
aumenta o agravo. É desaforo
mesmo, admita. Seja Bravo, peça
desculpas. Sobretudo prometa
ficar atento aos tremeliques
do dispositivo. É por esses
tiques que lhe
garantirá
estar vivo até a próxima
chamada. Seja corajoso
bancando o escudo. Afinal
é sua a amada. Arrependido
e mudo, a ouça
esbravejar
sem fazer disso piada. Não
arrisque ante a fúria genuína.
Zele a propriedade senão
já sabe...ira, parede, ruina,
etc, etc, etc.
Iriene Borges
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