sexta-feira, 13 de outubro de 2017

A subtileza da brisa



Tens nos gestos a subtileza da brisa,
Na tua voz a doçura melódica do murmúrio,
Timbre de excitante fascínio;
O teu olhar, brilho de estrelas cadentes,
Que me iluminam o meu sentir,
Penetrando fundo a minha alma!
As tuas mãos, ternura do êxtase, no afago,
Que me deleitam na carícia do teu desejo;
O calor do teu corpo, no abraço consentido,
Prazer enlouquecido pela razão que se vai;
O estremecer na vibração de nosso querer,
Pelos beijos que trocamos, leves como penas,
Que arrepiam os nossos corpos escaldantes,
Dilatam-se os poros, que se desidratam pela excitação;
Pensamentos que se perdem no nada,
O irracional, ocupa o trono do racional;
Apertados num só corpo, excitam-se dois corações,
No murmurar das nossas almas
E na vontade de nos sentirmos.

José Carlos Moutinho




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