segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Frases de Jorge Amado


"Para fazer uma coisa que não me diverte tenho que fazer um esforço muito grande."

Obs.: Em 1991, sobre como a militância no PCB lhe tomava o tempo da literatura. [ Jorge Amado]
"É sério, mas é surrealista."
Obs.: Em 1995, comentando a afirmação atribuída ao ex-presidente francês Charles de Gaulle de que o Brasil não é um país sério. [ Jorge Amado ]

"Um instrumento anti-social e extremamente elitista."
Obs.: Em 1986, sobre a obrigatoriedade do diploma universitário para o exercício da profissão de jornalista. [ Jorge Amado ]

"Continuo batendo com dois dedos e errando muito. Devo dizer que sou um dos homens mais incapazes do mundo. A lista de minhas incapacidades é enorme."

Obs.: Em 1988, quando questionado porque não trocava sua velha máquina de escrever mecânica por uma eletrônica. [ Jorge Amado ]

"Na realidade, o tema da infelicidade tem engendrado montanhas de livros horríveis, umas masturbações insuportáveis."

Obs.: Em 1988, quando perguntado se o motor da criação literária é a infelicidade. [ Jorge Amado ]

"Acho que você não deve fazer nada que não o divirta, lhe dê prazer. Também não deve exercer um ofício, uma profissão para a qual é incompetente."

Obs.: Em 1988, sobre o fato de divertir-se escrevendo seus livros. [ Jorge Amado ]
"Eu vou te responder. A minha resposta é a seguinte: eu acho prêmio em geral uma bestice."

Obs.: Em 1988, sobre o Nobel não ter sido concedido a escritores brasileiros. [ Jorge Amado ]

"O socialismo não depende de você, nem de mim, nem de ninguém. O socialismo é a marcha inexorável da humanidade que marcha pra frente." [ Jorge Amado ]
"Sem democracia não há socialismo." [ Jorge Amado]
"Eu sou muito otimista, muito. O Brasil é um país com uma força enorme. Nós somos um continente, meu amor. Nós não somos um paisinho, nós somos um continente, com um povo extraordinário." [ Jorge Amado ]
"Eu acho que o escritor verdadeiro é aquele que escreve sobre o que ele viveu." [ Jorge Amado ]
"Eu me sinto mal. Porque eu acho que deviam ter 50 escritores mais lidos no Brasil."

Obs.: Em 1988, sobre como se sentia sendo o escritor mais lido do país. [ Jorge Amado ]

"A novela leva a milhões de pessoas a imagem de personagens de romance, que ficariam restritas a públicos bem menores." [ Jorge Amado ]
"Vejo somente uma solução para a dívida externa no Brasil. Não pagar. Não vejo outra." [ Jorge Amado ]
"Infelizmente eu não posso escrever um livro no Brasil. Para trabalhar eu preciso fugir."

Obs.: Em 1988, sobre o assédio que sofria na Bahia e o impedia de escrever. [ Jorge Amado ]

"Histórias engraçadas e histórias trágicas. Porém, como tenho uma visão alegre da vida, guardo, sobretudo, a memória das coisas divertidas que me fizeram rir."

Obs.: Em 1991, sobre o que iria contar em seu romance inacabado "Boris, O Vermelho". [ Jorge Amado ]

"O capitalismo conserva-se o mesmo sistema frágil e injusto, produtor de guerras, de miséria, baseado no lucro, na ânsia do dinheiro. São razões muito miseráveis."

Obs.: Em 1991, sobre sua confiança no socialismo após a queda do muro de Berlim. [ Jorge Amado ]

"Mais difícil do que publicar um livro é escrever um bom livro."

Obs.: Sobre a dificuldade de publicação para um jovem autor. [ Jorge Amado ]

"Aprendi, nos anos em que estive exilado na Europa, de 48 a 52, uma coisa que o brasileiro sabe pouco, que é responder cartas. Me custa muito tempo, mas ainda hoje faço um esforço para responder."

Obs.: Em 1992, sobre a correspondência com seus leitores. [ Jorge Amado ]

"Na Europa, chamam-me de mestre, mas é caminhando pelas ruas de Salvador que eu me sinto à vontade." [ Jorge Amado ]

"O que está acontecendo no Brasil é como uma coceira, muita gente pensa que é lepra, mas é só uma coceira, vai acabar."

Obs.: Em 1992, ao responder se o Brasil tem condições de mudar para melhor. [ Jorge Amado ]

"A coisa pior que pode acontecer a um escritor é ficar cavando prêmios."

Obs.: Em 1992, ao responder se aspirava ao Prêmio Nobel de Literatura. [ Jorge Amado ]

"Só na Bahia poderia se ver tanta gente festejando um homem que não é político, fazendeiro, rico, cardeal ou general."

Obs.: Em 1992, sobre o show em homenagem aos seus 80 anos. [ Jorge Amado ]

"Um escritor aos 80 anos está começando a aprender a escrever."

Obs.: Ao completar 80 anos, sobre o ofício de escrever. [ Jorge Amado ]

"Sou filho da cultura popular da Bahia e da cultura francesa. Esta é uma das minhas misturas."

Obs.: Em 1992, sobre a exposição em sua homenagem no Centro Georges Pompidou, em Paris. [ Jorge Amado ]

"A gerente, que nos conheceu bolcheviques convictos e marginalizados, não entende nada quando vê o Mario presidente e outros, ministros e escritores famosos."

Obs.: Em 1993, sobre a convivência com Mario Soares na época do exílio, quando viviam em um hotel em Paris. [ Jorge Amado]

Pobres dos escritores que não se derem conta disso: escrever é transmitir vida, emoção, o que conheço e sei, minha experiência e forma de ver a vida."

Obs.: Em 1995, comentando não escrever para ganhar prêmios quando da sua escolha para o Prêmio Camões. [ Jorge Amado ]

"Mas creio que na França há mais respeito pela privacidade das pessoas. No Brasil existe carinho, muito carinho, nenhum respeito."
Obs.: Em 1995, sobre sua mudança para Paris em busca de tranqüilidade para escrever um novo romance. [ Jorge Amado ]

"Acho que o socialismo é o futuro. A queda do muro significou o fim de ditaduras medonhas, que existiam em nome do comunismo, mas não eram comunismo na realidade. Acredito no avanço do homem em direção a um futuro melhor."

Obs.: Em 1995, quando perguntado se continuava comunista. [ Jorge Amado ]

"Nossas elites são, de fato, extremamente preconceituosas, não merecem grande atenção."

Obs.: Sobre o preconceito das elites intelectuais brasileiras com relação à sua obra. [ Jorge Amado ]

"A vida me deu mais do que pedi e mereci. Não me falta nada. Tenho Zélia e isso me basta."

Obs.: Em 1996, ao completar 84 anos. [ Jorge Amado ]

"Aceitei o convite com muita satisfação. O Cacá é um diretor muito talentoso. A Sônia é minha filha três vezes."
Obs.: Sobre sua participação no filme "Tieta", estrelado por Sônia Braga. [ Jorge Amado ]

"Eu não corrigia nada, escrevia apressadamente, essas coisas de juventude. Mas os revisores colaboravam bravamente."

Obs.: Em 1996, sobre os erros que foram corrigidos por sua filha, Paloma Amado, em sua obra. [ Jorge Amado ]

"Não escrevi meu primeiro livro pensando em ficar famoso. Escrevi pela necessidade de expressar o que sentia..." [ Jorge Amado ]
"Que prêmio a mais pode querer um escritor cuja obra é lida em mais de 30 idiomas."

Obs.: Em 1997, sobre o fato de nunca ter ganho o Prêmio Nobel. [ Jorge Amado ]

"Eu continuo firmemente pensando em modificar o mundo e acho que a literatura tem uma grande importância." [ Jorge Amado ]
"Isto faz com que eu seja hoje um homem muito tranqüilo diante da vida e diante das coisas, otimista como sempre fui."

Obs.: Em 1988, sobre sua experiência de vida e seu convívio com grandes artistas e escritores. [ Jorge Amado ]

"Pode haver muita deficiência no livro de um jovem, mas haverá também nele uma coisa fundamental - a força da juventude." [ Jorge Amado ]

"A juventude é um bem imenso que você não prolonga. A juventude se acaba, nem que você queira iludir-se com esse negócio de jovem de espírito. Jovem é jovem, ponto final."

Obs.: Em 1988, sobre escrever menos conforme o avanço da idade. [ Jorge Amado ]

"Nenhum crítico ensina ninguém a fazer romance."

Obs.: Em 1988, quando perguntado se aprendeu alguma coisa com a crítica. [ Jorge Amado ]

"Eu tive mais da vida do que mereci, do que pedi. Sou um homem muito feliz com a vida."

Obs.: Em 1988, sobre se não merecia o Prêmio Nobel de Literatura. [ Jorge Amado ]

"Hoje, ser de outra religião que não a católica é um negócio ótimo, você até pode ser proprietário de rede de televisão..."

Obs.: Em 1991, sobre lei de sua autoria, garantindo liberdade de culto quando deputado constituinte em 1946. [ Jorge Amado ]

"Quando você morre em um país sem memória, imediatamente eles te esquecem. Quando eu morrer, vou passar uns 20 anos esquecido."

Obs.: Em 1991, sobre o ostracismo da obra de Érico Veríssimo e a produção literária brasileira atual. [ Jorge Amado ]

"Não acredito em literatura latino-americana, acho este termo muito colonialista. Mas cada país do continente tem sua literatura, muito boa, por sinal."

Obs.: Quando de sua participação no júri do prêmio União Latina, em 1991. [ Jorge Amado ]

"É necessário que os países do Primeiro Mundo entendam que é preciso preservar também cidades como Salvador, não apenas Roma ou Paris."

Obs.: Em 1991, sobre a má conservação do Pelourinho em Salvador. [ Jorge Amado ]

"O humor não é coisa da juventude. O jovem tem força criadora, elã, paixão, entusiasmo e ímpeto, uma coisa que depois você tem menos. Depois você tem a experiência, e o humor é da experiência."

Obs.: Em 1992, sobre a presença do humor na sua obra tardia. [ Jorge Amado ]

"Mas enquanto houver miséria, enquanto houver Terceiro Mundo, pode ter certeza, meu amigo, que não haverá paz no mundo." [ Jorge Amado ]

"Acho que o mais terrível foi a degradação do caráter. Em relação a duas coisas. Você teve a tortura. Em segundo lugar, a ditadura institucionalizou a corrupção. Hoje, esse mal faz parte dos costumes."

Obs.: Em 1992, sobre as conseqüências da ditadura no Brasil. [ Jorge Amado ]

"Para mim, o sexo sempre foi uma festa. Aos 82 anos, a festa é muito diferente do que era aos 20, aos 50, mesmo aos 60: é uma festa que é feita da experiência, do refinamento."


Obs.: Em 1994, aos 82 anos. [ Jorge Amado ]

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