© Nathan de Castro
De tanto amar, o sol desenha a cada dia
uma nova paisagem verde no horizonte,
e a terra, agradecida, bebe da poesia,
mas à noite se esquece e fecha a velha fonte.
A inspiração solar repete o juramento,
não perde tempo e acende a luz noutro quadrante,
ataca no oriente, enquanto atiça o vento
com explosões solares — versos de um amante!
Meu caro amigo, faze como o sol: insiste,
e queima essa paixão na ponta da caneta,
revela o lado oculto e a capa da revista.
Se for loucura amar assim, oh! meu poeta,
então és louco, e o louco em ti é o meu artista:
palhaço da loucura azul que me completa.
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