As pessoas sempre barulhentas. Com caprichos escandalosos,
com desejos a ensurdecer deuses, com as meias suadas e cabelos oleosos. Os
bandos a caminhar raivosos pelas ruas. Bandos de assalariados, bandos de
ternos, bandos de coxinhas, bandos de sonhadores, bandos barulhentos. Sons que
nada proclamam ou libertam. Em conjunto, mesmo com esforço, ninguém se escuta.
Cada um resmunga para os próprios ouvidos, enquanto o resto finge importar e
compreender o egoísmo do discurso exalado pelo animal da vez.
Camila Passatuto
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