Nada contemporâneo
Há um arcaico olhar em mim
Que não sabe ficar de fora
Adentra qualquer alma que passa
Não há nada de moderno
Ainda amolo o poema
No fêmur
E descolo a métrica na mandíbula
E se a morte vem
Matuto que sou
Ofereço um café
Para a transa durante juventude
Nada de Andy Warhol
Tem Basquiat na minha testa
Nada de nada
E você vem
Prova e reprova
É que sou sujo e amargo
Velho em inédito
Nada contemporâneo
Há um poema, leitor,
Brotando no teu peito.
Poema: Sobre Poemas (2014)
Camila Passatuto
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