Encontrei ruínas por trás dos olhos bonitos que seguiam rumo
à região central.
Passarelas implicantes a definhar calçados padronizados com
emendos refletidos às pressas, num domingo deflacionado de prazer, nos levam ao
altar comum de virgens imerecidas.
Pedras e poeiras. As mãos têm fome e tocam macieiras
imaginárias. Multiplicam os afazeres em corpos fajutos no sinaleiro próximo.
Louvo.
Eu matei Helena, senhor!
Sou o embornal dos dias sem caça, precoce decisão de um amor
à primeira vista, chave Philips em narinas quebradas.
Ela desapareceu com granadas nos bolsos. Fios de cobre na
cabeça. E aqui... meu tanque de guerra atolado na pracinha do Municipal.
Alguém levantou bandeira, é uma passeata de improviso.
Confusão na porta da firma.
A moça sumiu.
Tinha ruínas por trás dos olhos e cemitérios inteiros sobre
a pele negra.
-
Jovem é morta.
Virou céu
na minha obsessão.
Não.
Eu não matei Helena, senhor!
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Trecho do livro "Nequice: Lapso Na Função
Supressora" Camila Passatuto
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