sexta-feira, 12 de julho de 2019

Encontrei ruínas por trás dos olhos bonitos que seguiam rumo à região central.

Passarelas implicantes a definhar calçados padronizados com emendos refletidos às pressas, num domingo deflacionado de prazer, nos levam ao altar comum de virgens imerecidas.

Pedras e poeiras. As mãos têm fome e tocam macieiras imaginárias. Multiplicam os afazeres em corpos fajutos no sinaleiro próximo. Louvo.

Eu matei Helena, senhor!

Sou o embornal dos dias sem caça, precoce decisão de um amor à primeira vista, chave Philips em narinas quebradas.

Ela desapareceu com granadas nos bolsos. Fios de cobre na cabeça. E aqui... meu tanque de guerra atolado na pracinha do Municipal.

Alguém levantou bandeira, é uma passeata de improviso. Confusão na porta da firma.

A moça sumiu.

Tinha ruínas por trás dos olhos e cemitérios inteiros sobre a pele negra.

-

Jovem é morta.
Virou céu
na minha obsessão.

Não.

Eu não matei Helena, senhor!

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Trecho do livro "Nequice: Lapso Na Função Supressora" Camila Passatuto

https://nequicelivro.tumblr.com/

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