sexta-feira, 8 de novembro de 2019

No topo, do lixo




A responsabilidade pelos destinos
Nos cristais das canetas,
Pretas e azuis, sais de si
A deslizar, significantes, pelos
Planos e semblantes de sóis.

Fluxos astrais aleatórios decidindo
O rumo das humanidades abstratas.

Ao telefone, ao semáforo.

Instantes de sedação não
Adicta, porém, mais.
E mais.

Voam cadavéricos, arquétipos,
Em propaganda política, sistemas
Eleitoreiros pares reais.

Fluem ao sabor da história, sim

Observam os pixels reais de minha
aura virtuosa,

Ao atravessar, na faixa, deixo
Um corpo que vai.

Um espírito que a ciência aborta,

E a leitura se faz.
ACM

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