sábado, 8 de fevereiro de 2014

Luiz Felipe Leprevost



trair a música pra desistir de ser perdoado. desembrulhar o novelo da algazarra num piano aberto por alguém que abrisse a tampa de um túmulo, e há tumulto lá dentro. às vezes cantar com voz de monstro acalentando o fogo, colocando espinhos na garganta. noutras ocasiões, o canto limpo feito o de um peixe de águas doces. saber-se bicho com bem mais de setecentos ouvidos e talvez haja dias em que carregue a Gertrude Stein ainda mais torta dentro aqui.

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