Luiz Felipe Leprevost
trair a música pra desistir de ser perdoado. desembrulhar o
novelo da algazarra num piano aberto por alguém que abrisse a tampa de um
túmulo, e há tumulto lá dentro. às vezes cantar com voz de monstro acalentando
o fogo, colocando espinhos na garganta. noutras ocasiões, o canto limpo feito o
de um peixe de águas doces. saber-se bicho com bem mais de setecentos ouvidos e
talvez haja dias em que carregue a Gertrude Stein ainda mais torta dentro aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário