segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Não reconheço a casa de meus avós
temerário em acordes natalícios
recordo fúrias assustando mágoas

Meus avós amaram luas
sem saber e armaram rosários
de sentimentos involuntários

A casa está morta
nos breviários do tempo
e meus avós em santuário
de silêncio.


(poema de Diego Mendes Souza, jovem poeta do Piauí, que estreou em 2006 com Divagações, provocando surpresas e encantamentos. Na época, Diego tinha apenas 16 anos e já mostrava originalidade e coragem. Seu segundo livro, Metafísica do Encanto(2008) conquistou o prêmio nacional de poesia da UBE-RJ. O poema acima faz parte do livro Candelabro de Álamo, 2012, edição comemorativa dos 10 anos de poesia.)
Fonte : Rubens Jardim

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